Como é estudar na University of Warwick?

A University of Warwick está entre as 10 melhores universidades do Reino Unido. Para ter uma ideia, ela é vizinha nos rankings de instituições como a London School of Economics e a Imperial College London

Além de estar no top 20 da Europa, a Warwick faz parte do prestigioso Russell Group. Ou seja, ela é uma ‘ivy league‘ britânica que une as melhores faculdades do UK em termos de excelência de pesquisa e ensino.

Localizada a uma hora e meia de Londres, o campus lindo e moderno da University of Warwick é um excelente lugar para quem quer estudar alguma das áreas abaixo:

  • Media and Film Studies (top 1 no UK);
  • Accounting and Finance (top 2 no UK);
  • History of Art, and Business and Management (top 4 no UK);
  • English (to 5 no UK);
  • International Relations (top 6. no UK);
  • Politics (top 7. no UK);
  • Economics, History, Mathematics, and Physics (top 8 no UK);
  • Classics and Ancient History (top 9 no UK);
  • Languages and Linguistics and Law (10 no UK).

Para saber mais sobre a vida cotidiana da universidade e o processo de candidatura, leia abaixo a entrevista com nosso ex-aluno, Luca A.:

AM: Oi Luca! Pode nos contar um pouco sobre você?

Luca: Olá! Me chamo Luca, tenho 19 anos e atualmente estou completando o primeiro trimestre na University of Warwick, no Reino Unido. 

Fiz o processo de aplicação para o exterior com a Alma Mater durante 2022 e 2023, e atingi objetivos que me deixaram aberto a escolher para onde eu iria estudar no final do processo. 

AM: Qual é o seu curso acadêmico e o que te levou a escolhê-lo?

Luca: Atualmente estudo um curso bacharelado em Politics and Sociology, pois desde o princípio as ciências sociais me interessaram. 

Quando a oportunidade de estudar fora surgiu, cursos que envolviam ciências políticas se tornaram possíveis já que no Brasil a área não é tão disponível para estudo no nível de bacharelado. 

Além disso, a possibilidade de ao mesmo tempo estudar Sociologia foi essencial para a minha escolha já que a área é abrangente, abre muitas opções de mercado e estuda o mais intrínseco conteúdo para o entendimento da sociedade. 

Ou seja, a mistura fica equilibrada. E poder estudar no melhor departamento de ciências políticas do Reino Unido há dois anos deixa a experiência ainda melhor.

AM: Quais são os seus lugares preferidos no campus, ou perto do campus? 

Luca: O campus de Warwick é muito vasto. Aqui se encontra desde barbeiro e supermercado até sessões de cinema e concertos. 

Além disso, andar pelo campus de maneira geral é muito prazeroso. Em questão de minutos você sai do campus central, onde o cenário é composto por prédios diversos com uma beleza arquitetônica que, particularmente, me incentiva a criação, estudo e foco, e chega a partes do campus que são imersas em natureza, com animais, corpos d’água e muita calma, perfeitos para uma leitura tranquila em dias mais quentes. 

Mas destaco dentro do campus alguns lugares que eu prefiro. O primeiro é a Library, onde passo bastante tempo lendo, escrevendo ou estudando em geral. O ambiente é aconchegante na medida certa para não distrair e logo abaixo há um café ótimo para as pausas. As vezes, dependendo das datas de avaliações ou outras questões acadêmicas ela fica bem cheia. Nesses momentos vou bastante ao Learning Grid que, além de mais próximo a minha acomodação, é mais vazio. 

Meu segundo lugar favorito é o Sport and Wellness Hub, mais especificamente a academia da faculdade. Mesmo em dias frios e chuvosos, a infraestrutura do espaço dá vontade de ir treinar. Além da academia, nas proximidades se encontram quadras de tênis e futebol 5-a-side

AM: Como foi o seu processo de adaptação ao país e à nova cultura?

Luca: Acho que o processo não “foi” e nunca irá no meu caso. Tenho um vínculo muito forte com o Brasil e tento preservar minha cultura. Apesar disso, estou sempre aberto a novas culturas com muito interesse e principalmente respeito.

O ponto principal para esse processo de adaptação é, para mim, um eterno “estar sendo” e a grande quantidade de culturas dentro do campus. Sim, a cultura Inglesa é a predominante, mas eu conheci gente de diversos países, de diversas culturas. 

É sempre chocante mas no melhor sentido da palavra. Me choco ao sair do quarto e não ouvir português, por exemplo, constantemente. Mas em questão cultural, o britânico me surpreendeu positivamente.

Eu tinha medo do britânico ser pouco receptivo. Claro, estou imerso num ambiente muito específico mas, no meu caso, mesmo em uma Russell Group e cercado de pessoas brilhantes, não presenciei arrogância em momento algum. Muito pelo contrário, sou sempre bem tratado e, na maioria das vezes, ao descobrirem que sou brasileiro ficam curiosos e entusiasmados. 

AM: Como são as opções de acomodação para undergraduates? Como está sendo sua experiência nos dormitórios?

Luca: Considero um bom quarto essencial para garantir essa experiência maravilhosa. Moro na acomodação Jack Martin e, desde minha chegada, me adaptei super bem. 

Nesse caso, tive sorte de conseguir um banheiro em suíte e divido a cozinha com outros alunos. O quarto já era aconchegante por si só antes da minha chegada, então, me sentir em casa foi fácil. 

Daí para frente a experiência se manteve excelente com rápida solução de problemas e muita atenciosidade por parte de Warwick. As opções em geral são bem boas. Existem excelentes opções, mas as considero ultra valorizadas na questão monetária. 

Jack Martin para mim foi o meio termo entre uma boa acomodação e um bom preço. A universidade te pede para ranquear de 1 a 6 em ordem de interesse suas opções de acomodação. Nessa etapa é essencial pesquisar além dos sites oficiais da universidade em lugares como fóruns e redes sociais. Apesar da própria faculdade fazer um trajeto baseado na personalidade, entender que tipo de pessoa normalmente fica em cada acomodação é importante.

AM: Você participa de quais atividades extracurriculares ou clubes estudantis? Como é a dinâmica social por aí?

Luca: A dinâmica social de Warwick é muito inclusiva. A abrangência dos tipos de sociedade que existem aqui foi muito impressionante para mim. Arrisco dizer que qualquer pessoa que entrasse aqui teria alguma sociedade ao menos que geraria interesse nela. No meu caso, busquei sociedades acadêmicas.

Me juntei inicialmente à sociedade de Política para participar de eventos sociais e acadêmicos que eles realizam praticamente toda semana. Essa é uma sociedade grande aqui, quase todos os alunos do departamento participam então não há tanta exigência em questão de compromisso: eu vou quando me parece bom. 

Em outros casos como o Warwick Think Tank (WTT), a outra sociedade que ingressei, exige um pouco mais de compromisso, ao menos no meu caso. Logo na primeira semana me candidatei ao time de pesquisa da WTT e entrei como mentorado em pesquisa sobre Educação. Por conta disso, tenho prazo de entregas e realizo trabalhos a parte do currículo do meu curso. É um gosto individual: escrever é um prazer para mim. Mas, para quem não gosta, há muitas outras opções além do academicismo envolvendo as sociedades.

Criar um ciclo com pessoas que têm gostos parecidos é mais fácil, então se achar em uma sociedade é um bom começo. Pela abrangência, considero a dinâmica social de Warwick inclusiva. Tem de tudo para todos! A vida social gira em torno do campus e de Leamington Spa, uma cidade próxima que é menor que Coventry. O acesso é fácil e a cidade é segura e contém diversas formas de entretenimento. 

AM: Como você descreveria sua experiência durante o application process?

Luca: A experiência de aplicação para o Reino Unido foi organizada e, por isso, prazerosa e próspera. Acho que a chave foi tempo de sobra e organização. Fazer as coisas passo a passo, mas sempre com o objetivo e deadlines em mente, foi essencial para que a experiência fosse tranquila. 

AM: Qual conselho você daria para os alunos que estão fazendo o processo de candidatura agora?

Luca: Tenha calma e respeite o tempo das coisas. O processo é trabalhoso, mas com calma e organização se tira de letra. Aproveite esse momento único e tão prazeroso de estar realizando um sonho, em boas mãos e com muita reflexão.

AM: Houve algum aspecto do processo de candidatura que você considera que a Alma Mater mais te auxiliou?

Luca: No processo todo a Alma Mater foi essencial. Especificamente eu ressalto a produção textual. 

Como o texto de aplicação é voltado a um objetivo específico – ingressar na faculdade – foi essencial saber escrever no modelo mais indicado e ter um norte para falar o que os avaliadores querem escutar.

Apesar da criatividade ser necessária sim, o Personal Statement tem que ser um texto objetivo e específico. Ao deixar isso claro, a Alma Mater foi muito importante. 

AM: Quer acrescentar alguma coisa?

Luca: Acho que é importante falar algumas coisas que eu gostaria de ter ouvido de alunos prévios antes de ingressar em Warwick

Aproveite a Welcome Week, a primeira semana aqui onde acontecem diversas atividades, para fazer coisas novas! Manter hobbies e práticas antigas durante a vida universitária é ótimo, mas, durante essa primeira semana muitas atividades surgem como opção de inovar. 

Além disso, há muita pressão quando se muda de vida em conhecer novas pessoas, fazer amigos e se alojar num grupo. Acho que essa pressão só atrapalha, aprendi isso com um amigo em um dos meus seminários. 

Ele não mora no campus e conversamos sobre essa pressa em fazer amigos. Você terá três anos inteiros pela frente. Pode parecer pouco, mas não é. Ocasionalmente você vai se achar mais rápido do que você pensa. Portanto, esteja sempre aberto, sem medo e vergonha, que são sentimentos normais, mas desnecessários. Afinal, todos estão na mesma situação. Faça as coisas com calma, conheça muitas pessoas e aproveite toda a troca cultural. Aprenda fora da sala de aula 24/7 e se divirta com isso. 

Se adaptar ao sistema educacional britânico também não é fácil. Para mim foi talvez o maior choque. Aqui, eu tenho mais autonomia, mas ninguém para cobrar, o que gera uma sensação de liberdade. Mas isso pode não ser necessariamente bom, pois a responsabilidade é gigante. E se adaptar a isso, em meio a tantas outras responsabilidades, pode ser um pouco complicado. Porém, a ideia é a mesma, com calma isso ocasionalmente se torna rotina, costume e vem junto o prazer.

Se quiser saber sobre como a Alma Mater pode te auxiliar a alcançar o sonho de estudar nas melhores faculdades do exterior, fale conosco!