O que mudou nos rankings universitários dos EUA?

Este ano, a classificação anual das Melhores Faculdades dos Estados Unidos, feita pela U.S. News, passou por mudanças em sua metodologia de avaliação, incluindo a eliminação de fatores que há muito tempo eram utilizados, assim como a adição de vários novos critérios. 

Esses ajustes levaram a algumas mudanças nos rankings universitários de algumas notáveis instituições de ensino​, especialmente entre as que possuem posição mediana. Dito isto, as faculdades com melhor classificação permaneceram com poucas alterações.

Top 5 universidades dos Estados Unidos, classificadas pelo ranking de 2024

National Universities

  • Princeton University in New Jersey (Nº1);
  • Massachusetts Institute of Technology (Nº2);
  • Harvard University in Massachusetts (Nº3, empate);
  • Stanford University in California (Nº3, empate);
  • Yale University in Connecticut (Nº5).

National Liberal Arts Colleges

  • Williams College in Massachusetts (Nº1);
  • Amherst College in Massachusetts (Nº2);
  • United States Naval Academy in Maryland (Nº3);
  • Pomona College in California (Nº4, empate);
  • Swarthmore College in Pennsylvania (Nº4, empate);
  • Wellesley College in Massachusetts (Nº4, empate).

Mudanças metodológicas dos rankings universitários

A metodologia deste ano se baseou mais em fontes de dados que vão além de informações enviadas pelas universidades. Como resultado, menos peso foi atribuído às taxas globais de formatura e aos recursos financeiros de cada aluno, que examina quanto, em média, uma universidade gasta por aluno em custos como ensino e pesquisa.

Para dar mais ênfase à mobilidade social e aos resultados finais, novos fatores foram adicionados às classificações deste ano. Isso inclui, por exemplo, as taxas de formatura de first generation students (alunos cujos pais não fizeram ensino superior), o desempenho da taxa de formatura desses alunos, e a proporção de graduados universitários que ganham mais do que quem tem apenas o diploma de ensino médio. 

Ou seja, a definição de mobilidade social mudou este ano no ranking das Universidades Nacionais para incluir taxas de formatura de alunos de primeira geração.

A nova fórmula atribuiu maior ênfase às taxas de graduação para alunos que receberam bolsas federais, por exemplo. Também introduziu métricas vinculadas aos estudantes universitários de primeira geração e à questão de saber se os recém-formados ganham mais do que as pessoas que concluíram apenas o ensino médio.

Algumas instituições culparam a nova metodologia pela sua queda no ranking, incluindo a University of Chicago, a única que saiu do top 10. Wake Forest expressou uma opinião semelhante, enfatizando que suas prioridades são a qualidade acadêmica e a experiência dos alunos no campus, e não uma busca por “agradar” rankings nacionais.

Mudanças mais significativas nos rankings universitários

University of Chicago desceu de 6º para 12;

Wake Forest caiu de 29 para 47;

Tulane caiu de 44 para 73;

NYU subiu de 39 para 35;

Virginia Tech subiu 15 lugares, empatando agora na posição 47.

Conclusão

Embora rankings universitários possam ser ferramentas úteis para navegar o mundo das universidades no exterior, vale considerar os interesses e incentivos por trás dessas posições. 

E, sem querer promover muito ceticismo, os rankings das “melhores universidades” não são sempre puramente informativos. Pelo contrário! Eles podem até distorcer a realidade de alguma forma a fim de agradar partes interessadas e, inevitavelmente, resultar em listas enviesadas. Se quiser saber mais, leia nosso artigo sobre o assunto.

Escolher as universidades que vão compor a sua lista final de candidaturas não é tarefa fácil, bem sabemos disso. Ainda mais quando estamos falando de estudar fora do país. É normal se sentir perdido em meio a tantas opções. Enquanto os rankings universitários podem servir como um ponto de partida e um dos componentes do seu sistema pessoal de avaliação, é essencial ir mais a fundo para identificar as instituições que de fato mais combinam com você.