Entenda os principais motivos por trás de rejeições de universidades no exterior

Após um árduo e longo processo de preparação de candidaturas para estudar no exterior, sabemos que não é nada fácil receber uma rejeição da faculdade dos sonhos. Em um cenário cada vez mais competitivo, no entanto, rejeições fazem parte do processo. Se quiser entender mais sobre os principais motivos que levam universidades a rejeitar candidatos, leia as razões abaixo.

7 motivos que fazem com que candidaturas para universidades no exterior sejam rejeitadas

Primeiramente, é importante lembrar que os oficiais de admissão olham além da posição acadêmica para tomar suas decisões. A falta de adequação, a falta de demonstrated interest e a concorrência acirrada estão entre os motivos comuns pelos quais as inscrições para faculdades são rejeitadas.

Com o volume de aplicações para as faculdades aumentando, os oficiais de admissão precisam tomar decisões difíceis quando se trata de preencher vagas limitadas. Em um ambiente de admissões para universidades no exterior altamente competitivo, alunos podem ser rejeitados por universidades onde eles poderiam prosperar, simplesmente porque não havia vagas o suficiente.

Em muitos casos, grande parte dos alunos que envia suas candidaturas conseguiria completar o curso inteiro no campus com sucesso. Porém, há espaço limitado nos alojamentos e nas salas de aula, por isso a limitação nas aprovações. Ou seja, cada faculdade define seu próprio sistema de avaliação e utiliza-o ao ler as candidaturas dos alunos.

Todavia, os candidatos podem aumentar a sua chance de ser aceitos ao entender o que os responsáveis ​​pelas admissões da faculdade mais gostam de ver nas candidaturas. Aqui estão sete motivos comuns que fazem com que candidaturas sejam rejeitadas:

  1. Falha em conseguir alcançar um alto GPA na escola, e/ou uma  boa pontuação em provas como o SAT ou o ACT;
  2. Rigor acadêmico insuficiente;
  3. Erros no(s) essay(s) da candidatura;
  4. Não se encaixa no perfil da universidade;
  5. Preocupações com a integridade acadêmica;
  6. Competição acirrada;
  7. Ausência de interesse demonstrado.

1. Falha em conseguir alcançar um alto GPA ou uma  boa pontuação em provas

Na última pesquisa sobre admissões, publicada em 2019, a Associação Nacional de Aconselhamento para Admissão em Faculdades perguntou para universidades nos Estados Unidos como elas consideraram uma série de fatores de decisão para a admissão de futuros alunos do primeiro ano. As notas das aulas foram consideradas como tendo “importância considerável” para 74.5% das 447 faculdades que responderam, a maior porcentagem relatada para qualquer fator.

Embora mais faculdades tenham escolhido ser test-optional nos últimos anos, quase metade dos entrevistados disseram que notas de standardized tests, especialmente o ACT e o SAT, eram de importância considerável. Sendo assim, os candidatos devem entender o quão importante as notas e as pontuações nestas provas são para os olhos de um oficial de admissão. Especialmente nas faculdades mais seletivas.

2. Rigor acadêmico insuficiente

As faculdades querem alunos que se desafiam academicamente. Portanto, oficiais de admissão são menos inclinados a aceitar alunos que passaram de forma superficial por aulas de nível básico. Ou então, aqueles que não optaram por aulas avançadas (se oferecidas pela escola onde estudaram).

Para além de olhar para o GPA do aluno, os oficiais de admissão estão mesmo olhando o seu histórico dentro do contexto da sua escola, não só a média das suas notas. Se a sua escola oferece uma grande variedade de disciplinas AP ou Honors e você não cursou muitas delas, você pode ter um GPA perfeito, mas não terá o crédito de excelência acadêmica que você pode estar esperando.

Muitas universidades exigem que os candidatos tenham feito um número definido de disciplinas básicas no Ensino Médio. Por exemplo, a Universidade de Lowa, geralmente requer que os candidatos tenham feito quatro anos de inglês, três anos de matemática, três anos de estudos sociais, dois anos de same world language e três anos de ciências para serem considerados aptos para a admissão.

Na Europa e Reino Unido, diferentes cursos vão exigir que o aluno tenha feito certas matérias durante o ensino médio. Por exemplo, é muito comum cursos de Economia ou Engenharia exigirem que os candidatos tenham feito aulas de matemática avançadas, como AP classes ou IB Higher Level classes. O aluno proveniente de escola brasileira, na qual não existem essas opções, muitas vezes terá que fazer um foundation year. Trata-se de um ano preparatório antes de começar o primeiro ano da graduação.

3. Erros no essay da aplicação

Enquanto os alunos podem cometer pequenos erros em qualquer material da aplicação, especialistas descobrem que os erros prevalecem nos essays. 

“O erro mais comum que encontramos é no essay do aluno”, diz Mark Steinlage Jr., diretor do escritório de admissões da Universidade de Saint Louis, no Missouri. “Eles se apressam e/ou não revisam, o que resulta em muitos erros de ortografia, autocorreção não intencionais, ou dizendo que serão um ótimo encaixe em uma faculdade concorrente quando queriam ter trocado para SLU”. 

Deslizes gramaticais frequentes podem demonstrar desatenção ou descuido. Mas de acordo com DJ Menifee, vice-presidente de inscrição da Susquehanna University, na Pensilvânia, eles podem também criar outra preocupação: que o aluno não tenha a capacidade de escrita necessária para ser bem sucedido naquela instituição.

4. Não se encaixa no perfil da universidade

Compatibilidade é uma mão de via dupla. Assim como os alunos buscam universidades que se encaixam em seus interesses, as universidades também procuram por alunos que se encaixem nos seus. 

As faculdades no exterior buscam alunos que possam ajudá-las a atingir seus objetivos institucionais. O objetivo principal em um campus residencial de uma universidade é admitir um corpo de alunos que irá contribuir para a cultura acadêmica e social de sua comunidade.

Algumas equipes de admissão visam candidatos com qualidades específicas que podem contribuir para a cultura de uma universidade. 

Por exemplo, o College of the Holy Cross em Massachusetts, uma instituição jesuíta, gosta de ver a experiência de trabalho voluntário nos currículos dos candidatos, de acordo com Cornell LeSane, vice-presidente de gerenciamento de matrículas. Universidades como Oxford e Cambridge, no Reino Unidos, buscam alunos com muita curiosidade intelectual, que sejam ávidos leitores e gostem de estudar de forma independente.

5. Preocupações com a integridade acadêmica

As equipes de admissão querem ter certeza de que o histórico reflete as capacidades do aluno que enviou a candidatura. Registros de cola ou plágio, aliás, podem levar à rejeição. Embora, em alguns casos, os alunos com histórico de terem cometido esses erros podem ser perdoados. 

Contexto é importante quando se trata de questionar o histórico de integridade acadêmica de um candidato. Algo que pode acontecer no 9º ano é muito diferente do 11º ou 12º ano. Ou algo que aconteceu uma vez é muito diferente de algo que aconteceu várias vezes.

6. Competição

Notas excepcionais e resultados de provas excelentes às vezes não são suficientes para garantir uma resposta positiva em universidades no exterior. Em instituições particularmente seletivas, os alunos geralmente precisam de “fatores de destaque”. Isso quer dizer que posições de liderança e experiência em pesquisa de nível universitário em um currículo podem chamar a atenção dos oficiais de admissão que olham além das notas.

As escolas competitivas quase sempre terão muitos alunos ‘semelhantes’. Ou seja, grupos de alunos com essencialmente o mesmo histórico, do mesmo estado ou região que procuram seguir o mesmo curso ou área de estudo. E com mais alunos do que eles podem aceitar, os oficiais de admissão estão procurando diferenciais para priorizar a admissão de alguns em detrimento de outros.

7. Ausência de interesse demonstrado

Para as equipes de admissão, principalmente nos Estados Unidos, encontrar alunos qualificados é apenas metade da batalha. Eles também precisam garantir que um número suficiente de candidatos aceitos se matricule de fato. Como resultado, as universidades podem conceder um julgamento favorável aos candidatos que eles consideram ser mais propensos a se matricular.

Admir ótimos alunos que não irão se matricular significa que outros ótimos candidatos na lista de espera irão começar a fazer outros planos. Com isso, a turma que está entrando no outono perde a qualidade que poderia ter tido. Por essa razão, muitas faculdades realmente olham quantas vezes você visitou o campus ou compareceu a um tour virtual e a outros eventos, presenciais ou online. Também querem ver no seu essay os detalhes do porque você quer estudar naquela universidade.

Embora isto seja mais relevante para o contexto estadunidense, participar de eventos das universidades na Europa ou no Reino Unido e demonstrar ativamente seu interesse nelas certamente ajudará a distinguir o aluno durante o processo de candidatura.

Se quiser saber mais sobre como a Alma Mater pode te auxiliar no processo de candidatura para faculdades no exterior e melhorar suas chances de ser aceito na faculdade dos sonhos, entre em contato conosco!

* Esse artigo foi adaptado de um artigo da US News.